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17 de outubro de 2011

15 Jovens são assassinados no Ceará


Entre o início de noite de sábado, 15, e o meio-dia de domingo, 16, um total de 15 jovens foram assassinados no Ceará. Somente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), a quantidade de homicídios, em menos de 24 horas, chegou a 12. Os motivos são diversos. Segundo a Polícia, vão desde simples desentendimentos até dívidas ou outros envolvimentos com tráfico de drogas. Mas há fatores que quase todas as vítimas tinham em comum: a maioria eram homens e tinham entre 18 e 24 anos.

Três dos homicídios aconteceram no interior do Estado, nas cidades de Juazeiro do Norte, Iguatu e Sobral. Em Fortaleza, um único bairro, o Quintino Cunha, na zona Oeste, chegou a registrar dois casos de mortes de jovens. Segundo a Polícia, as causas variaram entre discussões por motivos banais, crimes de vingança, tráfico de drogas, além de uma tentativa de assalto. Uma mulher foi vítima. Roseane Oliveira Souza, 21, foi morta a tiros na Barra do Ceará. A Polícia investiga o caso sob a hipótese de relação com o tráfico de drogas.

Na Região Metropolitana de Fortaleza, foram contabilizados quatro homicídios pela Polícia: dois em Caucaia, um no Eusébio e outro em Horizonte. Em Fortaleza, os crimes também ocorreram no Passaré, Aerolândia, Autran Nunes, Parque Santa Maria e Cristo Redentor.

O que chamou a atenção da Polícia é que apenas dois dos 15 assassinatos cometidos contra jovens foram cometidos com faca. O restante dos homicídios ocorreu com armas de fogo.

De acordo com o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência, da Universidade Federal do Ceará, e secretário executivo da Secretaria da Segurança Pública do Ceará, o professor Élcio Batista, um dos principais motivos para a grande quantidade de casos é o aumento do tráfico de drogas, mas a razão não é única. “É preciso entender que a estatística traz um número muito cru, que indica uma tendência, mas é preciso uma maior investigação de cada caso”, aponta. Segundo Batista, é facilmente verificável que o tráfico de drogas tem relação direta sobre os casos. Encaixar todas as vítimas a essa motivação, no entanto, é um reducionismo.

O professor indica que há, no Brasil, um vazio demográfico em relação aos assassinatos de jovens homens. “Por isso temos mais mulheres, porque a maioria das mortes é de homens jovens, que não chegam à vida adulta”.

Fonte: Jornal O Povo  

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